Preciso de dois minutos do teu tempo e da tua voz

Querido leitor,

Tenho uma aula prática para ti. Preciso de 2 minutos do teu tempo e da tua voz. Por isso, se puderes, vai para um sítio onde possas falar à vontade, por favor.

Hoje não tenho um texto para te escrever, mas um do Spurgeon para ecoar nesta caixa de eco que é o instagram, porque ecoou no meu coração. Mas, para que seja um eco eficaz, desconfio que a tua voz desempenhe um papel importante. Empresta-ma.

Começa com uma passagem bíblica:

“Assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.” 2 Coríntios 1:5

E vai assim:

“Existe uma bendita proporção. O Rei da providência tem um par de balanças – num prato coloca as provações do seu povo e no outro coloca as suas consolações. Quando o prato da provação está quase vazio, encontraremos sempre o prato da consolação numa condição semelhante; quando o prato das provações está cheio, encontraremos o prato da consolação igualmente pesado. Quando a noite se abate e a tempestade se aproxima, o capitão celestial está sempre mais perto da sua tripulação.

É uma bênção saber que, quando estamos mais abatidos, é aí que seremos mais elevados pelas consolações do Espírito. As provações abrem mais espaço para a consolação. Grandes corações só podem ser feitos por grandes problemas. A pá da tribulação cava mais fundo o reservatório do conforto e abre mais espaço para a consolação.

Quando o celeiro está cheio, o homem pode viver sem Deus. Quando o saco está a rebentar de ouro, tentamos viver sem tanta oração. Mas tirem-nos as nossas cabaças, e chamamos pelo nosso Deus. Não há clamor tão bom como aquele que vem do fundo das montanhas, nem nenhuma oração é tão sincera como aquela que sobe das profundezas da alma, no meio de intensas provações e aflições. Trazem-nos até Deus e, então, somos mais felizes; já que a proximidade de Deus é felicidade. Vinde, crentes atribulados, não vos aborreçais com as vossas pesadas tribulações, pois elas são os arautos de grandes misericórdias.”

Amém?

[Texto de Manel Ferreira]